Conheça as causas e os sintomas desta doença
A Disfunção Temporomandibular caracteriza-se pelo mal funcionamento da estrutura orofacial, com sintomas tais como: ruídos articulares (clic na região do ouvido), dor de cabeça na região da têmpora, dor na nuca, dor de ouvido, cansaço da musculatura mastigatória, dificuldade para abrir a boca, zumbido no ouvido, dores na face e outros.
Geralmente, o paciente que é portador destes sintomas, faz uma verdadeira peregrinação por consultórios médicos; procura o otorrinolaringologista para tratar a dor, o clic e o zumbido no ouvido; procura o neurologista para tratar a dor de cabeça. Às vezes, submete-se a exames caros e complexos, sem contudo, resolver o seu problema, já que estes estão relacionados a hábitos parafuncionais, estresse, problemas emocionais e até oclusão dentária, sendo, portanto, indicado um cirurgião dentista especializado na área para fazer o diagnóstico preciso e realizar o tratamento adequado.
Este problema atinge qualquer faixa etária, mas predomina no período dos 20 aos 40 anos, principalmente no sexo feminino. Esta maior incidência no sexo feminino é explicada cientificamente, devido ao fator anatômico das mulheres possuírem um côndilo (parte da mandíbula que se articula com o osso da cabeça) mais retroposicionado quando comparado com os homens, e esta característica poderia predispor a um deslocamento do disco da ATM; as mulheres são mais sujeitas ao estresse, depressão e mais sensíveis à dor do que os homens; além destes fatores, sofrem alterações hormonais e psíquicas durante o ciclo menstrual.
Por outro lado, os sintomas da DCM aparecem na adolescência (entre 14 e 15 anos) e se prolongam sem solução até a idade adulta, causando danos
acentuados ao sistema mastigatório, que poderiam ser evitados se
diagnosticados precocemente. Crianças na faixa etária de 6 a 9 anos, com dor de cabeça, podem também ser portadoras de DCM, e este sintoma pode ser confundido com a necessidade de se usar óculos.
A DCM também está relacionada a hábitos parafuncionais, ou seja, apertar e ranger os dentes, morder a língua, lábios e bochechas, morder objetos, roer unhas e mascar chicletes, sendo que estes hábitos estão relacionados com tensão, estresse, ansiedade e depressão.
Como se sabe, em 24 horas, os dentes só se contactam em torno de 4 a 11
minutos; no entanto, nos pacientes com hábitos parafuncionais esse tempo é muito maior, ocorrendo 2 a 3 horas de contato, principalmente durante a noite, quando ele é inconsciente, causando dores musculares pelo cansaço, além de dores e ruídos na ATM, provocando desgaste acentuado nos dentes. Além disso, a força mastigatória que geralmente é em torno de 77 kg, pode chegar a 300 kg, causando danos aos músculos e ligamentos da face.
O tratamento é realizado através de um diagóstico preciso, buscando-se ser o mais conservador possível, evitando-se o uso de medicamentos, que na verdade, só mascaram os sintomas, não reduzindo as verdadeiras causas.